quarta-feira, 24 de junho de 2009

Será que vai?

Aparentemente o MP resolveu acatar a denúcia feita por meio de uma reportagem feita pela equipe da Gazeta do Povo, depois apresentada no Fantástico. Agora vem a pergunta, vai dar em alguma coisa?Sim, os culpados realmente serão presos e julgados?Não acredito mais em investigações, elas sempre acabam em nada, ou melhor, normalmente descobrem milhares de coisas, porém ninguém é punido. O que mais me assusta nisso tudo é a repetição de alguns nomes, Bonilha (“Dobradinha do lixo” publicado dia 16/06 no Jornal do Estado), alguém lembra dele?

Carlos Eduardo Kiatkoski
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Ministério Público abre investigação sobre campanha de Beto Richa
O objetivo do MP é apurar se houve emprego de recursos não contabilizados, ou seja, “caixa 2” durante a campanha
23/06/2009 15:39 Gladson Angeli - Gazeta do Povo on-line

O promotor de justiça Armando Antonio Sobreiro Neto, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Eleitorais do MP-PR vai trabalhar em conjunto com o Procurador Regional Eleitoral no Paraná, Néviton de Oliveira Batista Guedes, que acompanha a questão pelo Ministério Público Federal.

Escândalo

Durante a campanha municipal de 2008, em julho passado, 28 candidatos a vereador do PRTB, que se coligou com o PTB do então candidato a prefeito Fabio Camargo, abriram mão de suas candidaturas. A maioria deles se uniu para fundar um comitê de apoio a Beto Richa – o “Comitê Lealdade”.
Gravações mostram que dos 28 dissidentes, 23 aparecem nas imagens recebendo dinheiro em espécie das mãos de Alexandre Gardolinski. O pagamento a quase todos que abriram mão de concorrer pelo PRTB corresponderia a duas parcelas de R$ 800 para cada um, repassados mediante assinatura de um recibo.
O caso foi denunciado na edição de domingo (21) do jornal Gazeta do Povo e teve repercussão nacional, com o vídeo sendo exibido no programa Fantástico.
O vídeo rendeu a demissão de três funcionários da prefeitura, na última semana: do secretário de Assuntos Metropolitanos, Manassés Oliveira, que aparece na gravação recebendo dinheiro; de Alexandre Gardolinski, que ocupava até a última quinta-feira (18) cargo em comissão na Secretaria do Emprego e Trabalho; e de Raul D’Araújo Santos, que ocupava cargo na Secretaria de Assuntos Metropolitanos e também acabou exonerado por Richa na quinta-feira.
Assessores negam caixa 2
Fernando Ghignone, que foi o coordenador do comitê financeiro da campanha de 2008, e Ivan Bonilha, que foi o coordenador jurídico, deram uma entrevista coletiva, na tarde de segunda-feira (22), para explicar as imagens. A explicação dada aos jornalistas é que não houve irregularidades na campanha e que o vídeo se tratou de uma armação política.
Ghignone confirmou que repassou algum dinheiro para o “Comitê Lealdade” do PRTB, como forma de reembolso de combustível e outros gastos. Ghignone, no entanto, não soube dizer quanto dinheiro foi repassado nem como isso foi feito. Frisou, no entanto que o comitê era independente. “Nós tivemos dezenas de comitês de apoios, que foram estimulados sim pela coordenação central da campanha, especialmente reembolso de gasolina e pequenas despesas”, afirmou Ghignone.
Embora independente, a casa ocupada pelo grupo durante o período eleitoral do ano passado estava alugada em nome do PSDB. No recibo eleitoral referente ao contrato de aluguel, ao qual a Gazeta do Povo teve acesso, Richa aparece como o responsável pela locação do imóvel. Na prestação de contas do prefeito, consta que o aluguel do imóvel custou R$ 1,5 mil.

Mais um vídeo

Os coordenadores Ghignone e Bonilha disseram, ainda, que foram procurados no mês passado por Rodrigo Oriente, que seria mais um dos responsáveis pelas imagens mostradas no vídeo onde o dinheiro é repassado para os ex-candidatos a vereador do PRTB.
Um novo vídeo foi divulgado pela coordenação de campanha do PSDB. Nas imagens, Oriente diz que os computadores que tinham as filmagens que mostravam o dinheiro sendo repassado no comitê do PRTB foram apreendidos pela polícia e ele estaria sendo pressionado por pessoas que teriam interesse na divulgação das imagens. Não são citados nomes.
Em entrevista à Gazeta do Povo, Oriente afirmou que não procurou funcionários da prefeitura e sim foi procurado por eles. “Sustento que houve uma situação irregular relacionada com a campanha e que isso quem vai apurar é a Justiça Eleitoral”, disse. Ele disse que fez denúncias que não foram apresentadas no vídeo dos coordenadores da campanha do PSDB.

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